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"Ele se esvaziou a si mesmo, tomando a forma de servo... e sendo obediente até a morte, e morte de cruz."

Homilia - João 3:13-17
Imagem ilustrativa

Queridos irmãos e irmãs em Cristo,

Hoje somos convidados a meditar sobre um evangelho belíssimo: João 3:13-17. Este trecho nos revela o plano de nossa salvação e nos chama a uma compreensão mais íntima da missão redentora de Jesus. Ele nos mostra que, antes de qualquer coisa, é necessário compreender quem é Jesus e o que Ele fez entre nós.

No versículo 13, Jesus afirma: "Ninguém subiu ao céu, a não ser aquele que desceu do céu, o Filho do Homem". Esta declaração nos apresenta um dos maiores mistérios da fé cristã: a encarnação. O Filho de Deus, que foi com o Pai desde a eternidade, desce à Terra e assume nossa natureza humana. Esta descida não é apenas um gesto de proximidade, mas um movimento de amor que nos permite, através d'Ele, ter acesso ao Pai.

Essa "descer" de Cristo é o início do caminho da redenção. Ele não apenas veio à Terra, mas fez-se um de nós, experimentando nossas dores, nossos sofrimentos e, por fim, a nossa morte. Como em Filipenses 2:7-8, vemos que "Ele se esvaziou a si mesmo, tomando a forma de servo... e sendo obediente até a morte, e morte de cruz." Aqui, Jesus nos ensina o valor do sacrifício, da obediência ao Pai e do serviço ao próximo.

Em seguida, Jesus evoca a imagem da serpente de bronze que Moisés levantou no deserto (João 3:14). Aquela serpente, erguida em meio ao povo que sofria de envenenamento, trazia cura a quem olhasse para ela com fé. Jesus, ao associar-se a essa imagem, nos mostra que Ele mesmo seria "levantado", isto é, crucificado, e que todos aqueles que Nele olhassem com fé seriam salvos da morte eterna.

A cruz, portanto, é o centro do mistério da nossa salvação. Não é apenas um símbolo de sofrimento, mas o sinal visível do amor redentor de Deus por nós. Jesus, ao ser ressuscitado no madeiro, herdeiro dos nossos pecados, curou as nossas feridas espirituais e abriu as portas da vida eterna. Aquele que olha para a cruz com fé e contrição encontra nela uma fonte de amor infinito.

No versículo 16, encontramos talvez a frase mais conhecida e amada do Evangelho: "Porque Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna." Esse versículo é a síntese do amor de Deus. Ele não nos amou de forma condicional, mas entregou Seu próprio Filho por nós, mesmo sabendo de nossas fraquezas e pecados, e que mesmo morrendo por nós, nós continuaríamos a ofendê-lo.

Este amor é ilimitado e incondicional. Deus não espera que sejamos perfeitos para nos amar. Pelo contrário, Ele nos amou enquanto ainda éramos pecadores (Romanos 5:8). Isso nos dá a certeza de que não importa quão longe nos inspiremos, sempre há um caminho de volta para Deus através de Jesus Cristo. A salvação não depende dos nossos méritos, mas da graça abundante de Deus. Como diz o Catecismo da Igreja Católica:

"Nossa justificação vem da graça de Deus. A graça é o favor, o socorro gratuito que Deus nos dá para responder ao seu chamado: tornar-nos filhos de Deus, filhos adotivos, participantes da natureza divina e da vida eterna."

Jesus é, portanto, o mediador perfeito entre Deus e a humanidade. Ele veio ao mundo, não para condená-lo, mas para salvá-lo (João 3:17). Esta é uma mensagem de esperança para todos nós. Muitas vezes, nos sentimos indignados ou distantes do amor de Deus por causa dos nossos erros. Mas Jesus não veio para nos condenar. Ele veio para nos resgatar, para nos dar uma nova chance, para nos reconciliar com o Pai.

Olhando para esse amor, somos chamados a responder com fé. A fé, como vemos neste texto, é o meio pelo qual nos unimos a Cristo e recebemos a salvação. Não se trata apenas de uma crença intelectual, mas de uma confiança profunda e transformadora em Jesus como Senhor e Salvador. É uma fé que nos leva a viver em comunhão com Ele e a conformar nossas vidas ao Seu exemplo.

A fé em Cristo nos une ao mistério de Sua paixão, morte e ressurreição. Assim como a serpente no deserto era um sinal visível de salvação, Jesus crucificado é o sinal supremo da nossa redenção. Por meio da fé, participamos desse mistério e nos tornamos herdeiros da vida eterna.

No entanto, a fé que salva não é uma fé inativa. Ela nos impulsiona a agir, a amar, a servir. Aquele que realmente crê em Jesus não pode permanecer indiferente ao sofrimento do próximo. O amor de Deus, derramado em nossos corações, deve transbordar em ações concretas de caridade.

Por isso, somos convidados hoje a renovar nossa fé em Cristo e a abraçar a cruz como o sinal de nossa salvação. Que possamos olhar para o crucificado não com medo ou angústia, mas com esperança e gratidão, sabendo que ali está o preço de nossa redenção, como dizia Santo Agostinho: "Quando estiveres triste, lembre-te, sua vida vale um Deus crucificado."

Concluindo, o evangelho de João 3:13-17 nos revela a grandeza do plano de salvação de Deus. A encarnação, a paixão e a ressurreição de Jesus são o caminho pelo qual a humanidade pode reencontrar a comunhão com o Pai. Que possamos, com fé e confiança, olhar para Cristo, o Filho de Deus, e encontrar Nele a vida eterna.

Que a cruz de Cristo seja para nós sempre um sinal de esperança, de vitória sobre o pecado e a morte, e de certeza de que somos profundamente amados por Deus. Amém.

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