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Necessidade da Oração Constante e da Fé Perseverante.

Naquele tempo, Jesus contou aos discípulos uma parábola, para mostrar-lhes a necessidade de rezar sempre, e nunca desistir, dizendo: "Numa cidade havia um juiz que não temia a Deus, e não respeitava homem algum. Na mesma cidade havia uma viúva, que vinha à procura do juiz, pedindo: 'Faze-me justiça contra o meu adversário!' Durante muito tempo, o juiz se recusou. Por fim, ele pensou: 'Eu não temo a Deus, e não respeito homem algum. Mas esta viúva já me está aborrecendo. Vou fazer-lhe justiça, para que ela não venha a agredir-me!' '' E o Senhor acrescentou: "Escutai o que diz este juiz injusto. E Deus, não fará justiça aos seus escolhidos, que dia e noite gritam por ele? Será que vai fazê-los esperar? Eu vos digo que Deus lhes fará justiça bem depressa. Mas o Filho do homem, quando vier, será que ainda vai encontrar fé sobre a terra?"

Sobre a Necessidade da Oração Constante e da Fé Perseverante

Aos fiéis e a todos os homens de boa vontade, saúde e bênçãos em Nosso Senhor Jesus Cristo.

Introdução

  1. O divino Mestre, Jesus Cristo, na parábola do juiz iníquo, nos ensina a profundidade da necessidade da oração constante e da fé perseverante, que sustentam a alma humana em sua peregrinação nesta terra. Tal ensinamento, gravado no Evangelho de Lucas (18, 1-8), revela a justiça divina, a paciência que devemos ter e a promessa de que Deus não abandona os seus. Meditaremos, pois, a importância e como que um convite para que os fiéis exercitem a prática de uma vida de oração e à renovação da confiança na providência de Deus.

Da Necessidade da Oração Contínua
2. Nosso Senhor, por meio da figura da viúva persistente, manifesta a maravilha da oração perseverante, que é um ato de confiança na bondade infinita de Deus. Embora o juiz da parábola seja injusto e movido unicamente por seu próprio interesse, ele cede diante da insistência da viúva. Quanto mais, então, nosso Pai celestial, que é perfeito em justiça e amor, ouvirá o clamor dos seus eleitos?

  1. A oração não é apenas um pedido, mas um ato de união com Deus, no qual o homem reconhece sua dependência do Criador e se dispõe a receber Suas bênçãos. Santo Agostinho ensina que “Deus deseja que oremos, não para informá-Lo do que necessitamos, mas para que cresça em nós o desejo de recebê-Lo.” Assim, pela oração contínua, o coração humano se abre à vontade de Deus, aprendendo a confiar no tempo e no modo com que Deus responde.

A Justiça Divina e a Paciência Humana
4. A parábola destaca o contraste entre a justiça divina e a injustiça humana. O juiz representa a dureza do mundo e a aparente demora de Deus em atender nossas súplicas. No entanto, a demora não é negligência, mas um teste de fé e paciência. Como ensina o Apóstolo São Tiago, “a paciência realiza uma obra perfeita” (Tg 1,4), pois pela espera crescemos em virtude e nos conformamos ao tempo de Deus, que é sempre perfeito.

  1. Não obstante, Cristo nos garante que Deus, diferente do juiz iníquo, fará justiça prontamente aos seus. “Prontamente”, aqui, deve ser entendido não como o cumprimento imediato dos nossos desejos, mas como a certeza de que Deus opera em nosso favor no momento mais oportuno para nossa salvação eterna.

A Crise da Fé nos Últimos Tempos
6. No final da parábola, Nosso Senhor lança uma advertência solene: “Quando o Filho do Homem vier, encontrará ainda fé sobre a terra?” Este questionamento nos chama à reflexão sobre o estado da fé em nossos tempos. Vivemos em uma era marcada pela crescente indiferença religiosa e pela perda da confiança na providência divina. Muitos, diante do silêncio de Deus, se afastam d’Ele, esquecendo-se de que a fé é a virtude que sustenta a alma, mesmo nas trevas da incerteza.

  1. A fé não é apenas uma adesão intelectual às verdades reveladas, mas um ato contínuo de entrega e confiança em Deus, que exige perseverança. Como ensina São Tomás de Aquino, “a fé, enquanto virtude, é um hábito infuso por Deus, que nos inclina a crer no que Ele revelou, não por evidência racional, mas pela autoridade divina que não pode enganar nem ser enganada” (S. Th., II-II, q. 4, a. 1).

Convite à Renovação da Vida de Oração e Fé
8. Portanto, exortamos os fiéis a seguir o exemplo da viúva da parábola: orai sem cessar, confiai em Deus e não desanimeis diante das aparentes demoras ou injustiças do mundo. Recordai-vos de que a oração perseverante é um ato de amor a Deus, e a fé firme é o fundamento de toda virtude.

  1. Que cada família cristã retorne à prática da oração diária, especialmente do Santo Rosário, que tem sido, ao longo dos séculos, um refúgio seguro para os fiéis em tempos de provação. Que em cada lar, a oração se eleve como incenso, sustentando a esperança e renovando a confiança em Nosso Senhor.

Conclusão e Exortação Final
10. Concluímos, invocando sobre todos os fiéis a intercessão da Santíssima Virgem Maria, modelo perfeito de fé e perseverança. Que ela, que nunca duvidou da bondade divina, mesmo aos pés da cruz, inspire em cada coração cristão a mesma firmeza de espírito e confiança no Senhor.

  1. Oramos para que, ao retornar, o Filho do Homem encontre a fé ardente sobre a terra, alimentada pela oração contínua e pela esperança inabalável. Que nossa perseverança seja um testemunho vivo da justiça de Deus e da misericórdia que nunca falha.


    Dom Samuel Henrique


No vigésimo dia de novembro, no ano de Nosso Senhor de dois mil e vinte e quatro.

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